“Ele necessita preservar a sua vida”. A frase ecoa a tragédia de quem precisa procurar refúgio. Uma figura silenciosa no palco, coberta de coltan, celulares ensanguentados colados ao seu corpo; uma guerra distante, por refugiados tão próximos.
Performance "Não à guerra do Congo", no 1º Festival do Dia Internacional do Refugiado, 19 de junho de 2016, São Paulo.
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Segundo Maior país da África, um dos países mais ricos do mundo em recursos naturais. Hoje, vítima de suas próprias riquezas por uma guerra de quase 20 anos e que já resultou em mais de 20 milhões de mortes e desaparecidos - uma guerra escondida aos olhos do Ocidente.
A RD Congo é um país geoestratégico. As empresas capitalistas exploram suas riquezas sem moral nem respeito ao ser humano. No centro da disputa, que envolve o próprio governo do Congo, Ruanda, Uganda e Burundi, está o coltan, uma mistura de metais. Ele é fundamental para a composição dos chips utilizados nos celulares, notebooks, desktops e outros eletrônicos. O Congo tem nada menos que 80% das reservas mundiais. O país é palco do mais sangrento conflito do mundo desde a Segunda Guerra Mundial. O espaço territorial da RD Congo é semelhante ao do Brasil: dois países que possuem as maiores riquezas naturais no mundo. O conflito armado no Congo é uma guerra extremamente sangrenta; os sequestros, estupros e chacinas são rotineiros.
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Ficha técnica:
Performance: Não à guerra do Congo, de Shambuyi Wetu
Músicas: Biliwê (+improviso), de Yannick Delass
Argumento: Josep Juan Segarra, Rose Satiko G. Hikiji, Jasper Chalcraft e Shambuyi Wetu
Câmera: Josep Juan Segarra e Rose Satiko G. Hikiji
Edição: Josep Juan Segarra
Produção: Laboratório de Imagem e Som em Antropologia
Apoio: rIVER Movies
Projeto: Fazer musical e patrimônio cultural africano em São Paulo
Ano: 2016
Duração: 7’56”